A palavra plástico - derivada do grego plastikos, flexível – define qualquer material capaz de ser remodelado com calor ou pressão para criar objetos.
O plástico sintético foi inventado no início do século XX. Hoje existem centenas de plásticos ou polímeros, como o poliéster, o PVC, o náilon, o poliuretano, o teflon e o silicone. O que foi uma grande invenção tecnológica, se tornou também, um dos maiores problemas ambientais contemporâneos.
Sua produção, consumo e descarte excessivo contamina a natureza a níveis extremos e em grande velocidade. Atualmente, este material derivado de petróleo, é encontrado com facilidade em qualquer lugar do planeta.
Um estudo recente mostrou a existência de microplásticos na cadeia alimentar global, presente nos oceanos e no ar que respiramos.
A exposição “Natureza Plástica”, do artista Eduardo Srur, foi totalmente concebida com sacolas plásticas. O mesmo material que a sociedade descarta foi reutilizado nas reproduções de pinturas famosas. Srur desenvolveu uma técnica original, inspirada no artesanato nordestino de garrafas de areia colorida, e se dedicou a manipular e controlar os fragmentos como um pintor, sua linguagem de formação.
“Será que estes gênios da história da Arte, se estivessem vivos hoje, pintariam com tintas e pincéis, ou usariam o plástico como fonte de criação?” questiona Srur. “Leonardo da Vinci, Van Gogh e Monet não conheceram o plástico. Não como conhecemos hoje, poluindo os mares, sujando a praia, espalhado nas ruas e nas margens dos rios, incomodando o nosso olhar na paisagem.”
A representação de obras-primas da história da Arte que permanecem na humanidade por centenas de anos provoca uma reflexão: o plástico que é descartado atualmente na natureza também ficará por décadas fazendo parte do cotidiano das pessoas. A primeira galeria virtual do artista é comissionada pela EDP, empresa que atua em todos os segmentos do setor elétrico brasileiro, e que é comprometida com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e com os princípios do Pacto Global.
