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A intervenção Carruagem provoca um questionamento sobre os problemas de mobilidade nos grandes centros urbanos.

Formada por uma réplica de uma carruagem imperial e por quatro cavalos esculpidos em escala real, a intervenção foi instalada a mais de 30 metros de altura no mastro da ponte Octávio Frias de Oliveira, na marginal Pinheiros, em São Paulo.

A  obra comparava a velocidade média de deslocamento de um carro no trânsito paulistano no horário de pico com a velocidade de uma carruagem nos tempos do Império. Ambos movimentam-se a lentos 20 quilômetros por hora.

Trata-se de uma apropriação da arquitetura do mais recente cartão-postal da metrópole para denunciar a transformação da paisagem urbana e criar um novo olhar sobre a cidade.

Durante a exposição, desafiei Ingo Hoffmann – o maior piloto brasileiro de Stock Car – para uma corrida inusitada.

Eu conduzia uma carruagem puxada por um cavalo lusitano na ciclovia às margens do rio Pinheiros, e Hoffmann pilotava um carro esportivo  na pista expressa da marginal. O resultado foi um empate técnico. Para mim, a carruagem é o símbolo mais adequado para representar a mobilidade nas ruas de São Paulo.

Ficha técnica

Ferro, madeira, resina, tinta automotiva, manequim e couro
2,50 x 10 x 3 m

São Paulo, 2012

Foto: Rogério Canella